mantra

Hoje não teve borboleta.

O sol acordou o rio,
despertou as ondas do mar e mandou a saudade bater à minha porta.
Sem saber, já havia despertado - ou nem dormido -
Senti o cheiro do abraço-casa, lar doce, quente e seguro -
Ri.
Lembrei dos devaneios compartilhados, as melhores histórias inventadas não vividas, mas sentidas.


E a luz do sol veio me lembrar do teu sorriso.


Os olhos (cor) de terra - e de mágoa e misteriosamente de otimismo -
não me sorriram hoje.
Talvez não tenham despertado a beleza de todos os dias pra todos que têm a honra de apreciá-los,
nem os encantos que emana a cada piscadela -
feito criança e poça d'água.

Mas os dias tornam a raiar,
a lua, a aparecer,
os passarinhos a voar - no peito, no passo e na saudade -
Mas hoje não teve borboleta.

Deixo voar, (porque nem vento segura borboleta)
porque a lembrança vence a saudade. Tem que.


Amo de longe, como os olhos amantes me ensinaram a amar - trair o tempo, encurtar o espaço.
Trair o tempo, encurtar o espaço, trair o tempo, encurtar o espaço, trair o tempo encurtar o espaço, trair o tempo...



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